Monumentos Históricos Cachoeiras de Macacu

Ao visitar a cidade, consulte o Centro de Informações Turísticas.

Endereço: Rodovia RJ 116, Km 39, em frente ao Fórum.

Ruínas da Igreja de São José da Boa Morte

Ruínas da Santíssima Trindade - Papucaia

Construída no século XVIII e tombada pelo INEPAC em 1989, a Igreja e suas ruínas são um marco histórico no município de Cachoeiras de Macacu RJ.

No seu lugar havia uma capela de pau-a-pique, erguida no início doséculo XVII, que foi demolida, substituída por outra de pedra e cal e ampliada com tijolos maciços a partir de 1834.

Reza a lenda que diante de uma grande epidemia de malária ocorrida na primeira metade do século XIX, o povo se dirigia para a Igreja São José para ter uma “boa morte”, porém São José da Boa Morte é uma Irmandade que já existia no século XVIII, na ocasião da construção da primeira capela. Era um santo muito popular, e a origem do nome foi por ter São José estado, em seu leito de morte, no momento de sua passagem para a vida eterna, nos braços de Maria e com Jesus ao seu lado. Restam ainda os vestígios da torre lateral da igreja e o antigo cemitério.

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A Igreja da Santíssima Trindade foi, por longos anos, sede da freguesia de mesmo nome. Foi iniciada em 1737 e inaugurada em 1743, sendo dependente da Igreja de Santo Antonio de Sá (antiga Cassarabu), onde ficava a sede do município homônimo (que atualmente está em Itaboraí dentro do complexo petroquímico da Petrobrás). Com as "febres de Macacu" (1831-35), a sede do município passou para Freguesia de Santíssima Trindade de Sant’Ana de Macacu (1868), posteriormente denominada Sant’Ana de Japuíba. Com o deslocamento da sede da freguesia para a atual Cachoeiras de Macacu, a Igreja foi sendo abandonada até cair em ruínas. Atualmente é conhecida como Igreja Velha de Papucaia.

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Leito da Antiga Linha Férrea - Leopoldina

A estrada de ferro que atravessava Cachoeiras de Macacu tem sua fase mais conhecida quando pertencia à Rede Ferroviária Federal AS, com o nome de Estrada de Ferro Leopoldina. Mas antes dessa fase, houveram duas anteriores: a primeira, quando a ferrovia era ainda a Estrada de Ferro de Cantagalo e posteriormente, The Leopoldina Railway Co. Nessas duas fases aneteriores, a estrada de ferro era uma instituição privada.
O primeiro ato referente à criação da Estrada de Ferro de Cantagalo foi o contrato assinado com a Província do Rio de Janeiro, atendendo a uma proposta feita pelo Visconde de Barbacena, para a organização de uma sociedade anônima que se encarregasse de construir, conservar e custear uma estrada apropriada ao trânsito de carros de quatro rodas, de Porto das Caixas, em Itaboraí, até a Vila de Nova Friburgo e Cantagalo. Tal sociedade foi efetivamente incorporada e com seus estatutos aprovados pelo Decreto Imperial nº 1.809, de 23 de agosto de 1857, mas o contrato, entretanto, não foi cumprido.

Devido a isso, a concessão foi transferida ao barão de Nova Friburgo, Antonino Clemente Pinto, que, em 8 de julho de 1857 assinou contrato com a Província do Rio de Janeiro, sendo criada nova sociedade anônima, denominada Sociedade Anônima Estrada de Ferro de Cantagalo, cujos estatutos foram aprovados pelo Decreto Imperial nº 1.997, de 21 de outubro de 1857. O objetivo do barão era construir uma ferrovia que facilitasse o transporte do café de suas fazendas para o porto da capital da Província do Rio de Janeiro, a cidade de Niterói.
   Os trabalhos de construção da ferrovia foram iniciados em 8 de novembro de 1857 e no dia 23 de abril de 1860 foi inaugurada a primeira seção da Estrada de Ferro de Cantagalo, entre Porto das Caixas e Cachoeiras. Faltava construir as duas últimas seções da ferrovia.
   Somente em 3 de janeiro de 1868, através do Decreto Provincial nº 1.362, foi autorizada a construção do ramal entre Cachoeiras e Nova Friburgo, através de contrato firmado entre o presidente da Província Dr. Francisco Xavier Pinto Lima e o barão de Nova Friburgo, em data de 12 de março de 1870. O trecho Cachoeiras-Friburgo foi inaugurado em 18 de dezembro de 1873. A seção foi aberta ao tráfego em 18 de dezembro de 1873. Seria também estabelecida uma pequena oficina auxiliar em Boca do Mato. No início, para poder vencer os fortes aclives da serra, se utilizou um sistema de cremalheira chamado Fell, que depois foi substituído pelo sistema chamado “total aderência”, com um trilho central entre os dois trilhos normais.
   Em 1874 foi concluída ferrovia, através da construção da sua última seção ligando Porto das Caixas a Maruí, em Niterói. Estava assim concluída a ligação entre o porto de mar e as fazendas cafeeiras em Nova Friburgo e Cantagalo.
   A Estrada de Ferro de Cantagalo, foi comprada no final do século XIX pela firma The Leopoldina Railway Company, incluindo-se também na compra os ramais de Maruí e o de Rio Bonito a Macaé.
   Já no período do Brasil República, o Governo Federal encampou a Leopoldina Railway no início da década de 1950, quando a transformou em Estrada de Ferro Leopoldina (EFL), sendo incluída na Rede Ferroviária Federal quando de sua criação em 1957.
No final dos anos 60 e princípio da década de 70, todo o complexo ferroviário existente no município de Cachoeiras de Macacu foi desativado. Estações, escolas, oficinas foram demolidas. Da memória visível do passado ferroviário, ainda existem algumas poucas paradas e pontes de ferro, fotos, objetos particulares e os últimos representantes da classe ferroviária.